É preciso muita poesia na alma para encarar...
É preciso muita fé no ser humano para suportar...
É preciso muita luta interna para não desanimar...
E é preciso, antes de mais nada, ser um eterno aprendiz para só assim aprender a ensinar!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Segunda Guerra Mundial_Resumo

Além do descumprimento do Tratado de Versalhes, as nações punidas pela Primeira Guerra guardaram o ódio alimentado pelo absurdo das punições impostas. A humilhação sofrida pela Alemanha solidifica as bases do nazismo e o surgimento de Hitler. A Liga das Nações é manipulada, a Turquia é dilacerada, o Império Austro-Húngaro é desmembrado a força além do fato que a Itália era uma vencedora sem prêmio. Todos esses fatores contribuíram para que os anos subseqüentes ao fim da guerra fossem de contínua incerteza. Após a ascensão de Hitler em 1933, a Alemanha volta a produzir armamentos e torna o serviço militar obrigatório. Hitler foi refazendo a Alemanha e partiu para a ofensiva com a anexação da Áustria ao seu território (Anschluss), a incorporação da região dos sudetos e a desintegração da Checoslováquia. A Itália anexa a Albânia e conquista a Etiópia. A França e Inglaterra adotam o discurso totalitário. Surgem o Pacto Anti Comunista e o Pacto Tripartidarista que já possuía os elementos necessários para o estopim da guerra. Foi com o ataque da Alemanha à Polônia que os ânimos se acirraram definitivamente no dia (1º de setembro de 1939.). Com a vitória fácil da Alemanha se inicia a perseguição aos judeus. Em resposta a França e a Inglaterra declaram guerra contra a Alemanha. A Alemanha invade a Noruega e a Dinamarca, Bélgica e a Holanda. Paralelamente, no Pacífico, os japoneses bombardeiam Pearl Harbor em dezembro de 1941. Os Estados Unidos respondem com as vitórias de Midway e do Mar de Coral em 1942. Na primavera de 1941, a Alemanha ocupa a Grécia e a Iugoslávia, atacando também a União Soviética com a ajuda da Eslováquia, da Hungria e da Romênia.
Na prática este foi o início do fim de Hitler tendo em vista o enorme contingente russo. Em 1942 a derrota dos alemães em Stalingrado é decisiva para o curso da história. No dia 12 de Junho de 1945 Berlim foi tomada pelos russos, terminando assim a guerra na Europa. A resistência japonesa ao desembarque americano em Iwojima foi quebrada quando, em 6 de agosto de 1945, os americanos detonam uma bomba atômica sobre Hiroshima, e, logo em seguida uma outra bomba foi jogada em Nagasaki totalizando mais de 150. 000 mil mortes. Em 6 de setembro de 1945 o Japão assinou a rendição e a segunda Guerra Mundial terminou.
Estima-se que morreram em torno de 53 milhões de pessoas sendo pelo menos 20 milhões em combate.

Primeira Guerra Mundial_Resumo

Teve seu início em 28 de junho de 1914 com o assassinato do herdeiro do trono Austro-Húngaro Francisco Ferdinando e sua esposa a princesa de Hohenberg. Na verdade, mais que o assassinato do arquiduque durante sua visita a Sarajevo, as verdadeiras origens estariam na Guerra Franco Prussiana de 1870 à 1871 além das divergências crescentes entre imperialistas de diversas nações. O nacionalismo exacerbado e o fortalecimento da Alemanha como principal nação da Europa começou a interferir nos interesses de grandes potências. A guerra contou com a participação direta de 65 milhões de pessoas, causou a perda de mais de 8 milhões de soldados deixando mais de 25 milhões de feridos. A Alemanha declarou guerra também contra a França e invadiu a Bélgica no dia 4 de agosto. Em resposta a esta invasão a Inglaterra declarou guerra contra a Alemanha, instante em que as alianças destes países fora do continente europeu eram inevitavelmente arrastadas para dentro do conflito. Os Blocos que disputaram a Guerra podem ser organizados para uma melhor compreensão dos grupos de interesse que representavam. De um lado os Aliados, bloco formado pela Bélgica , Brasil, China, Costa Rica, Cuba, E. U. A. , França, Grécia, Guatemala, Honduras, Inglaterra, Itália, Japão, Libéria, Montenegro, Nicarágua, Panamá, Portugal, República Dominicana, Romênia , Rússia, San Marino, Sérvia e Sião e do outro a quádrupla Aliança formada pela Alemanha, Bulgária, Turquia e a Áustria-Hungria. A guerra já era total nos primeiros dias de setembro. No outono de 1918, começam a surgir as primeiras propostas de paz que foram inicialmente rejeitadas pela França, Inglaterra, Itália e E. U. A. Em setembro a Bulgária promoveu uma Conferência secreta pela Paz e em outubro a Alemanha já sentia a necessidade imediata de terminar a Guerra diante do isolamento em que se encontrava. Em 28 de junho de 1919 é assinado o Tratado de Versalhes no qual a Alemanha perde todas as colônias, pressionada por um embargo total.

Socialismo

A doutrina socialista tem origem no século XVIII, logo que consolidaram-se os efeitos da revolução industrial sobre as sociedades modernas. É uma ideologia que critica o liberalismo econômico, e vai contra as noções de que o mercado é o princípio organizador da atividade econômica, devendo portanto ser preservado a todo custo. Surge principalmente como forma de protesto contra as desigualdades provocadas pelo intenso processo de industrialização, e contra as péssimas condições de vida dos trabalhadores. Os socialistas observam, com justa razão, que são o mercado e a livre concorrência as principais fontes das desigualdades (v. igualdade ) sociais.
O socialismo propõe então limitar o alcance do mercado através de mecanismos reguladores, e defende sobretudo o planejamento da produção como a forma mais eficaz de distribuir a riqueza produzida entre todos os membros da sociedade. Esta é a principal preocupação da ideologia socialista: promover uma distribuição equilibrada de bens e de serviços, tornando-os acessíveis a toda a população. Equivale a idéia de socialização da produção. Havia ainda duas correntes de pensamento socialista. A primeira, da qual Marx faz parte, argumentava que o socialismo só seria possível se todas as nações praticassem-no de forma simultânea, caso contrário o fluxo financeiro e as trocas comerciais entre elas impediriam um planejamento equilibrado de suas provisões e necessidades . Justamente por tratar o socialismo como algo inalcançável sob as condições impostas, essa corrente foi chamada de utópica (v. Utopia ). Já a outra corrente acreditava na possibilidade de implementar o socialismo em poucos países, e então depois de estabilizado expandí-lo para outros. Para isso seria preciso a intervenção do Estado na economia, pois este seria a única força capaz de controlar a atividade dos empresários capitalistas em benefício de toda a população.
Alguns países tentaram efetivamente implantar o socialismo, todos eles influenciados pelo sucesso obtido pela U.R.S.S. após sua pioneira Revolução Bolchevique em 1917, entre eles a China. Com o término da 2.ª Guerra Mundial, e sob a influência da mesma União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (da qual participavam mais de uma dezena de nações, incluindo a Rússia) muitos países do leste da Europa aderiram ao socialismo e sua planificação econômica, entre eles a Polônia, a Romênia, a Tchecoslováquia e parte da Alemanha (Alemanha Oriental). Para conter os riscos de interferência externa apontados pelos socialistas utópicos, era evitado todo o tipo de contato com países não-socialistas, que caso fosse realmente essencial seria regulamentado pelo Estado.
A extrema interferência do Estado em todos os setores da economia levou alguns críticos a reduzir o socialismo, em suas manifestações reais, a uma espécie de “capitalismo de Estado”. Outra questão importante sobre os países socialistas diz respeito a ampliação exagerada de suas burocracias , que com seus critérios extremamente técnicos e rígidos comprometiam a agilidade das decisões e por conseguinte de toda a economia. Os problemas burocráticos são apontados por muitos especialistas como uma das principais causas do fracasso dos regimes socialistas.
Uma interpretação mais recente, realizada após a decomposição da União Soviética e a reunificação da Alemanha, apresenta o socialismo real como uma forma intensa de pré-capitalismo. Na argumentação de Kurz, o socialismo foi responsável pela transformação de sociedades predominantemente agrícolas (principalmente o caso da Rússia) em sociedades industriais (v. sociedade industrial ). Ao longo de pouco mais de meio século ele promoveu nos países que o implementaram as mesmas modificações na estrutura econômica que demoraram mais de duzentos anos para se realizar no restante da Europa.

Capitalismo

Em seu sentido mais restrito, o capitalismo corresponde a acumulação de recursos financeiros (dinheiro) e materiais (prédios, máquinas, ferramentas) que têm sua origem e destinação na produção econômica. Essa definição, apesar de excessivamente técnica, é um dos poucos pontos de consenso entre os inúmeros intelectuais que refletiram sobre esse fenômeno ao longo dos últimos 150 anos. São duas as principais correntes de interpretação do capitalismo, divergindo substancialmente quanto a suas origens e conseqüências para a sociedade.
A primeira foi elaborada por Marx, para quem o capitalismo é fundamentalmente causado por condições históricas e econômicas. O capitalismo para Marx é um determinado modo de produção de mercadorias (mercadorias são objetos que têm a finalidade de serem trocados e não a de serem usados) que surge especificamente durante a Idade Moderna e que chega ao seu desenvolvimento completo com as implementações tecnológicas da Revolução Industrial. A idéia marxista de modo de produção não se restringe apenas ao âmbito econômico, mas estende-se a toda relação social estabelecida a partir da vinculação da pessoa ao trabalho.
Uma característica básica desse modo de produção é que nele os homens encarregados de despender os esforços físicos, que Marx chama de “força de trabalho”, não são os mesmos que têm a propriedade das ferramentas e das matérias-primas (posteriormente também das máquinas), denominados “meios de produção”. Esta separação proporciona outro aspecto essencial do capitalismo, que é a transformação da “força de trabalho” em uma mercadoria, que portanto pode ser levada ao mercado e trocada livremente (basta lembrar que no modo de produção escravista o objeto da troca é o escravo inteiro, e não só a sua força, enquanto que no feudalismo praticamente não havia trocas econômicas). Assim, a sociedade capitalista estaria dividida entre uma classe que é proprietária dos meios de produção e outra classe cuja única fonte de subsistência é a venda ou troca de sua “força de trabalho”. Os argumentos apresentados por Marx para demonstrar a passagem do feudalismo para o capitalismo e a acentuação da divisão do trabalho são elaborados através de uma reconstrução histórica impossível de ser resumida aqui, sendo no momento suficiente apontar que ela passa pela desintegração dos laços entre senhor e servo e pela ampliação das relações comerciais (de troca), estas últimas que permitem uma acumulação inicial de riquezas (chamada por Marx de “acumulação primitiva”).
A explicação alternativa foi apresentada por Weber, e enfatiza aspectos culturais que permitiram a expansão do capitalismo. Para ele, o desejo pelo acúmulo de riquezas sempre existiu nas sociedades humanas, como no Império Romano ou durante as grandes navegações, mas até meados do século XVII faltavam condições sociais que justificassem a sua perseguição ininterrupta. Para demonstrar isso ele aponta as amplamente conhecidas condenações feitas pela Igreja Católica às práticas da usura e do lucro pelos comerciantes ao longo do século XV e XVI. Se tais restrições fossem mantidas, a chamada “acumulação primitiva” não teria sido possível.
A mudança ocorre com a reforma religiosa promovida por Lutero e principalmente Calvino. Segundo eles, a atividade profissional estaria associada a um dom ou vocação divina, e portanto seria da vontade de Deus que elas fossem exercidas. Assim o trabalho, que antes era visto como um mal necessário, passa a ter uma valorização positiva (v. valores ). Mais que isso, Calvino aponta o trabalho como a única forma de salvação, e a criação de riquezas pelo trabalho como um sinal de predestinação. Esses dogmas religiosos, juntamente com outros menores como a contabilidade diária, formam o fundamento de uma ética, isto é de um conjunto de normas que rege a conduta diária do fiel. Essas normas, ao se encaixarem às exigências administrativas da empresa (valorização do trabalho e busca do lucro), criam as condições necessárias para a expansão da mentalidade (ou do “espírito”, como o denomina Weber) capitalista e posteriormente da sociedade industrial . Esta explicação demonstra sua consistência quando observamos o elevado estágio de desenvolvimento econômico das sociedades que abrigaram representantes da Reforma (calvinistas, metodistas, anglicanos...): a Alemanha (berço da Reforma), a Inglaterra (pátria do Anglicanismo), os Estados Unidos (destino de milhares de protestantes expulsos da Irlanda católica e outros tantos imigrantes anglicanos ingleses), e os Países Baixos.
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